Texto como pretexto
É na convivência escolar que os indivíduos aprendem a conviver em sociedade


O mundo tem atravessado grandes transformações que afastam o homem de sua essência e afetam as relações interpessoais. No contexto de globalização em que vivemos, a escola também é afetada pelos problemas da sociedade contemporânea, como falta de respeito, violência, mentira. O que se verifica na educação, hoje, pouco tem a ver com os reais valores do indivíduo, que devem ser pautados no amor, verdade, retidão e paz.

A mais importante busca humana é esforçar-se pela moralidade em nossa ação. Somente isso pode dar beleza e dignidade à vida. Fazer disso uma força viva e trazê-la para a consciência é talvez a tarefa principal da educação.

Todo educador, desde tempos imemoriais, tem enfatizado que a verdadeira educação deve conduzir à construção do caráter do estudante. Em verdade, declara-se que ?a meta da educação é o caráter?. Este fato, porém, vem sendo ignorado por pais em casa e professores na escola. O resultado é o mundo à beira da total desintegração.

Por isso mesmo, os valores humanos precisam ser recuperados e reforçados no indivíduo, trabalhados diariamente. As escolas precisam buscar soluções que possam contribuir na mudança do comportamento de seus alunos. Espera-se que estes possam orgulhar-se de sua conduta e não somente de suas notas, assim como seus pais e professores, formando, com isso, um país e um mundo melhor. O importante é desenvolver um trabalho voltado para o exercício dos bons valores humanos, considerando que nem tudo acontece como queremos, mas que temos que controlar nossas emoções diante das adversidades. É necessário haver perfeita harmonia entre pensamento, palavra e ação. ?O peixe apodrece pela cabeça?, já afirmava Padre Antônio Vieira em um de seus sermões. Hoje, realmente, vivemos um apodrecimento de alguns valores, de dignidade, de capacidade de convivência, de civilidade.

A escola precisa inquietar-se e inquietar os outros a respeito dos vícios da sociedade atual. Assim como ela precisa lidar com as virtudes, com a formação moral e ética de seus alunos, sob pena de que, primeiro, deixe apodrecer a cabeça - retomando Padre Antônio Vieira, e, segundo, impeça a construção da dignidade coletiva.

O conflito é inerente à convivência, mas o que não pode existir é o confronto. Percalços são inevitáveis, toda vida é composta por erros e acertos, por dores e delícias. A maioria das pessoas acredita piamente que aprendemos com os erros. Cautela com isso. Não é o erro; é a correção do erro que ensina


Fonte: Professora Maria de Lourdes Mancilha Nunes Matos, a partir da leitura de Mário Sérgio Cortella



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